Fotografia de © Yuka Shevchenko
Quando passeava
Por aquela terra de gestos
Era tanto.
Ausente de qualquer fronteira
Era todos os países,
Era o mundo.
Os beijos,
Lugares onde pernoitava.
O dar de mão,
Todas as pontes onde parava
Para olhar o rio.
O abraço,
O barco que tomava
Para continuar,
Após breve pausa,
Prosseguindo aquela viagem única
Rumo a um bem-querer,
Onde, então, habitava.
As viagens mais bonitas e também as mais difíceis são estas, as que fazemos pelo nosso ser e sentires. Descreveste com uma beleza impar essa procura de entender dos sentimentos.
Beijinhos!
De
Carla a 1 de Julho de 2009 às 11:17
...como se de um lugar mágico se tratasse
amiga para te dizer que já há imagens nos "Desalinhos" do lançamento dos meus "In-Finitos Sentires"...correu tudo muito bem
beijo
De Paulo Mello a 30 de Junho de 2009 às 12:29
Cris, acabaram-se os sonhos, as esperanças... a tua Calunguinha vai se casar! Estive com ela no final de semana e na mesma proporção que ela ia relatando como estava feliz e como havia descoberto o amor de sua vida, dentro de mim iam se definhando os sentimentos que eram nutridos de que um dia nós poderíamos ficar juntos. Tive que me manter firme, enquanto ela desfilava um rosário de acontecimentos que culminaram com a sua descoberta de que estava apaixonada. Foi tudo tão rápido, Cris, um médico veterinário que fora chamado para olhar uma cadelinha que se acidentara e daí foram surgindo as coincidências na vida dos dois e ambos foram se descobrindo e já estão fazendo planos para o casamento. Bem podes imaginar a minha angústia, minha tristeza, e como fui murchando por dentro enquanto a ouvia relatar-me, feliz da vida, os últimos acontecimentos. Narrativas entremeadas com a expressão: meu bom amigo, meu amigo querido, e eu ali, morrendo aos poucos por dentro. Podes pensar, Cris, que sou egoísta, mesquinho, e que, se a amo, devo querer o melhor para ela, e que devia estar feliz por vê-la também feliz. Acontece que fiquei sim, minha Amiga, a meu modo, foi bom vê-la exultante, com o brilho no olhar que há muito se apagara. Ao vê-la cheia de vida, de alegria, eu senti também uma enorme pena por não ser comigo todo aquele entusiasmo, por não ser eu a pessoa que a trouxe de volta à vida. Ai, Cris, foram tão desencontradas as minhas emoções... e ela, que sempre foi tão cuidadosa para não me ferir por saber dos meus sentimentos, ficou ali, espontaneamente falando da sua felicidade. Será que foi insensibilidade da parte dela? Ou a sua alegria era tanta que ela, ao considerar-me um AMIGO, quis partilhar comigo as suas emoções? Ai, Cris, como é difícil saber que a mulher que tanto amo vai se casar com outro...
Desculpe o desabafo, minha boa Amiga, mas já acompanhas este meu tormento por tanto tempo, que eu tinha que vir contar-te esta novidade que tanta tristeza colocou no meu coração.
Agora é seguir em frente, procurar me manter firme, e buscar forças no Poder Infinito, na Infinita Misericórdia, pois tenho um filhote que precisa que eu esteja bem para guiar seus passos ainda tão carentes de minha orientação.
Receba um abraço fraterno, minha boa Amiga, e mais uma vez peço desculpas pelo desabafo,
PMello
De
Cris a 30 de Junho de 2009 às 21:56
Paulo, ainda usas aquele endereço de email do sapo? Responder-te-ei para lá, caso ainda o mantenhas, senão, envia-me o endereço para cris171202@gmail.com.
Fico a aguardar a tua resposta, ok? Pensa no teu filhote e no tanto que tens e nesse potencial imenso para seres também (mais cedo do que possas imaginar) feliz.
Calma, que toda a ferida vai sarar, acredita. Demora, mas vai sarar.
Beijo com todo o respeito, Amigo.
Como sempre...muito bonito!
De
Cris a 30 de Junho de 2009 às 21:58
Já não vinha aqui há um tempo, Xará. Obrigada. Eu vou lá, ao teu espaço, "ver-te", sempre.
Mil e um beijos.
De Paulo Mello a 24 de Junho de 2009 às 13:22
Doce e terno como teu coração, Cris! Uma bela imagem!
Amiga, a tua (tão minha também) Calunguinha voltou às atividades. Uma notícia que muito me alegrou pela preocupação que estava me dando ao vê-la tão desolada no seu refúgio que, apesar de um lugar tão maravilhoso, acentuava a sua solidão. Júbilo total na família e nas comunidades a que ela se dedica. Pela descrição da senhora, sua Mãe, ela voltou renovada, cheia de vida, alegre e feliz como nunca esteve, e acrescentou: parece estar apaixonada. Frase que me deixou apreensivo e que empanou um pouco a felicidade de vê-la retornar ao convívio dos seus. Estou pensando em visitá-la no próximo final de semana, e te confesso, Cris, muito temeroso dessa provável "paixão" apregoada pela senhora, sua Mãe. Como sou muito de enfrentar os meus medos, lá vou eu, minha boa Amiga, como um bom AMIGO que tempos atrás me propus ser, saber o que está se passando naquela linda cabecinha loura que, até pouco tempo atrás, encontrava-se cheia de pensamentos ruins.
Mando-te um pouco da minha apreensão, Amiga, mas também seguem cumprimentos atenciosos num afetuoso abraço,
PMello
De Fatyly a 23 de Junho de 2009 às 08:35
Não podias ter escolhido melhor foto a embelezar ainda mais as tuas palavras poéticas. As viagens de cada são sempre únicas e tu serás sempre uma das minhas poetas favoritas.
Parabéns e obrigado por este magnífico momento de leitura.
Beijos fiota mais nita
De
Cris a 23 de Junho de 2009 às 19:29
Obrigada, Fatyly. Perdoa, mas hoje, estou particularmente em baixo.
Vai ser o arraial de S. João, cá, e, acredita que não consigo suportar o cheiro a manjerico que anda no ar. Choro...
Mil beijos.
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