Nada dizer ...
Deixar que o tempo lhe lave os sonhos...
Não tarda,
terá um ramo de recordações,
um passado,
terno como a noite,
Jardim da Emoção
por onde passeava,
antes de se recostar no peito calmo dum poema.
Imagem de © A. Almeida
Saboreia a voz de água doce da fonte
deixando-se levar por tão terna melodia,
experimentando a graça de se sentir tão bem,
enquanto o sol aquece
as pétalas alvas da poesia que ela vai cantando...
Hoje seria incapaz de escrever.
Hoje quer ser dela,
ouvido absoluto.
Fotografia de © Cees Kuijs
As estrelas estão lindas, brilhantes num firmamento trigal.
Os peixes são agora papoilas, e, as ondas mil flores silvestres, ondulando sob nuvens, vagas de espuma em flor!
As algas entrelaçam-se, trepadeiras, namorando os astros quais frutos em árvores frondosas!
O coral é já sol-posto, repousado em rochedos, horizontes, sobre oceanos, prados a perder de vista...
Brotam os búzios viçosos, as conchas são borboletas com asas de madrepérola. Cantam com voz de aroma de marés vivas sobre campos azuis, prontos para serem ceifados.
Veste-se a praia de verde e pede à noite que se junte à fantasia que lhe traga o vento para com ela bailar ao som da melodia das dunas tão moçoilas, lindas ceifeiras!
Lá longe a montanha sorri e a festa vai durar. Vai estender-se pela madrugada até que o dia os avise que é tempo de recolher porque a noite quer ir deitar-se e o sol-posto vai ser de novo coral...
Trará com ele a noite e será outra vez festa, num campo verde... no mar!
Fará os pescadores dormir de novo, repousando da faina, sonhando que são lavradores...
E a praia vestir-se-á de verde. Bailará descalça, varina, com a brisa, o xaile que lhe adornará os ombros, num mar vestido de campo, olhada pelas dunas ceifeiras, nos braços ternos do vento!
Julho de 2002
...o tempo de nada mais acontecer, de nada mais encantar.
Era o apetecer a cabotagem do [teu] beijo delinear as margens multicolores do [meu] silêncio.
Lembra de mim!
A gente sempre
Se casava ao luar
Depois jogava
Os nossos corpos no mar
Tão naufragados
E exaustos de amar…
Lembra de mim!
Se existe um pouco
De prazer em sofrer
Querer te ver
Talvez eu fosse capaz
Perto daqui
Ou tarde demais…
Excerto da canção “Lembra de Mim”
queria ser lua
mas não consigo
queria ser sol
mas não tenho brilho
queria ser homem
mas é mais ferido
queria ser altiva
mais refilona
mais mandona
ninguém pisaria
julgaria
duvidaria
querer...queria...
mas sou sempre
a mesma Maria!
sentada no alto do embondeiro, abro a múcua, começo a comê-la, que arrepio...cuspo os caroços para o mundo pequenino a meus pés...e…
silenciaram-se as armas, não há fome, não há frio, não há choros.
Há amantes, amados, calor...calor humano...
poesia... poesias
plantados por simples caroços!
12/02/2005
Foi assim em 2005.
Hoje, hoje temos um mundão de coisas tão bonitas, tão nossas, já viste?
Como eu gosto, Mãezona, de tanto gostar de ti!
Beijo emocionado por te saber aí, mas, sempre, sempre, tão aqui, connosco.
Enquanto desfio instantes, tento afastar de mim o inverosímil.
Em vão...
Quão presente é[s] ainda…
Quão, incessantemente, permaneces!
Fotografia de ©David Santos
Lançando preces para o céu que ora invento
Comovem-me todos os teus gestos, emociona-me esse teu olhar.
Aprendo-o contigo não da mesma forma que tu já que o teu é único, tem aquela cor indefinida, tão terna, aquela que o teu companheiro dizia ser tua apenas no momento em que o olhavas, e que, ao olhá-lo, nos beijavas. Depois, era vê-lo irradiar alegria pela partilha que experimentávamos.
Tudo é sempre nosso, nosso, tão ternamente nosso.
Não existiram nunca quaisquer portas no lar dos abraços que davam pois que houve sempre lugar para nós.
Sou feliz por te saber aqui. Sou feliz quando em ti me abrigo e as tuas mãos me percorrem as incertezas.
Mentir-te-ia se te dissesse que não choro, mas, dou-te a certeza que sei que gostas de guardar, da promessa de que sempre que te ouço, me acalmo, que ainda que pareça inquieta, saio do regaço do teu beijo segura de que vais comigo e que, Lá de Cima, ele, o teu companheiro, sorri, irradiando aquela alegria de que tanto gostamos.
Pouso-te na palma das tuas mãos este poema por sentires saudade dum abraço. Saboreia-o pois são dele as palavras. Eu? Apenas ergui os meus braços para as agarrar enquanto ele me segredou que nos olha, que se vai sentar sempre naquele lugar virado ao nascer do sol do teu riso, e que, não há nada mas nada que o faça mais feliz do que te ver sentir o seu abraço sempre que te dizemos o tanto que nós te amamos.
Entrei em casa, pousei o casaco, a mochila. Fui ao vosso quarto. Quando ia para lhe dar um beijo…não estava.
Já estavas atrás de mim, e, antes que te perguntasse fosse o que fosse, disseste-me:
-Está na cómoda. Ao mudar as flores entornei a água. Para que não se molhasse, está frio, achei que ficava mais confortável ali.
-Eu sei, Mãe. É apenas uma fotografia, eu sei. Mas este beijo que lhe venho dar é tão cheio de tudo o que me apetece sempre dizer-lhe passe o tempo que passar!
-Querida, hoje, mais do que nunca, queria tanto um abraço!
Não te deixei dizer mais nada. Dei-te um beijo, saí do quarto, voltei a entrar, e, dei-te outro e outro e outro… Riamos.
Viemos para a salinha e perdemo-nos a conversar.
Imagem: ©Gareth Brown/Corbis
Falei com o teu Amigo, sabias?
Que te enchia as horas de açúcar...
Falei com ele, pelo acordar da madrugada!
E contou-me que já sabia agora
Que vinha mil vezes aconchegar-te
Ouvir-te cantar aqueles fados
Falei-lhe da saudade que sentíamos
Enquanto pouso o ramo de flores
" És linda! A mais linda das mulheres! "
Ele é mais bonito que um anjo sabias?
O pensamento que há pouco te contei...
Sara Bareilles - Ingrid Michaelson
bum bum bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum
This is my winter song to you.
The storm is coming soon,
it rolls in from the sea
My voice; a beacon in the night.
My words will be your light,
to carry you to me.
Is love alive?
Is love alive?
Is love
They say that things just cannot grow
beneath the winter snow,
or so I have been told.
They say were buried far,
just like a distant star
I simply cannot hold.
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
This is my winter song.
December never felt so wrong,
cause youre not where you belong;
inside my arms.
bum bum bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum
bum bum bum bum bum bum
I still believe in summer days.
The seasons always change
and life will find a way.
Ill be your harvester of light
and send it out tonight
so we can start again.
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
This is my winter song.
December never felt so wrong,
cause youre not where you belong;
inside my arms.
This is my winter song to you.
The storm is coming soon
it rolls in from the sea.
My love a beacon in the night.
My words will be your light
to carry you to me.
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Is love alive?
Porque há gestos tão bonitos, obrigada Mariz
Levo comigo os sonhos,
todos os que as minhas mãos são hábeis de sustentar.
Fotografia de © Chimera`
Esqueço tudo o mais.
Vadio pelo acaso,
Com todo o tempo do mundo!