Sábado, 31 de Outubro de 2009

 

Aquele tempo fora deles. Agora, separados pela distância dum, até um dia, poderia olhá-lo, pensá-lo ali…
Chorava, sem vergonha de esconder as maçãs do rosto de tanta saudade e prometeu que, pela bonança dum passeio pelo sonho, valeria a pena esperar.

 

 

 


Fotografia de © Irina Kuneva

 

 


Talvez que chegasse até ele
O barulho da cascata,
O seu pranto.
Lágrimas que rebolavam
Que caíam
Em cataratas de soluços.
Estava já longe do que viveram,
Estava no leito,
Ela e toda a lembrança,
Iluminada por uma lua cheia.
Chorava
Mas não o deixaria ir,
Sair-lhe do pensamento,
Ainda que se sentisse
Encharcada por tanta tristeza,
Ainda que não houvesse tido um tempo aliado.
[Mais tempo,

Todo o tempo do mundo.]

Ficaria até ao fim,
[Ele que lhe dissera que não havia fins,
Que coexistiriam nos interregnos,
E, que tudo repetiria...
]
Imaginando-o a pensá-la
Tal qual um mar de águas aquietadas

[Aquele que uma vez lhe pedira.

Como ela tanto queria, ter ido com ele, ver o mar!]

Bastar-lhe-ia uma gota.
Molharia nela o pincel,
Pintaria um arco-íris
Naquele céu que os cobriu,
E dar-lhe-ia
Uma obra-prima,
A nascente dum sorriso,
O seu,
Quando o tempo os unisse
Naquela praia de novo.

 

 



publicado por Cris às 00:15 | link do post | comentar | ver comentários (18) | favorito





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